Até o Fim das Águas do Cachoeira

Gostaria de saber até quando vamos aguentar tudo isso? Sempre me faço esta pergunta quando me deparo com mais um escândalo de corrupção em nosso combalido, mas duro na queda Brasil. Será que sofremos do “mal da inércia”? Ou será que também estamos entranhados em tudo isso e, portanto não reagimos como deveríamos? Sim, às vezes penso desta forma, pois vai ser inerte assim lá no espaço sideral!

Agora é o tal do Cachoeira que aparece como o corruptor mor de todo o país. A cada dia que passa tem mais uma escuta telefônica e as pessoas envolvidas vão só aumentando. É uma tal de Delta – construtora que parece ser a única no Brasil -, pois constrói pra todo mundo e especialmente no Rio de Janeiro parece ser a única capaz de fazer obras. Além do mais o seu dono, ou diretor, vive viajando pela Europa com o governador do estado e alguns secretários. O pior é que esses caras não têm a menor vergonha de assinarem contratos milionários, ou melhor, bilionários com essas empresas e depois ficarem posando ao lado dos caras fazendo macaquices. Será que estariam gozando de nossas caras? Acho que sim.

Sou amplamente favorável à ficha limpa, chapa limpa e contra a corrupção. Acho que a vida de todo o político deveria ser aberta, com suas declarações de bens e de seus familiares disponíveis para todos nós na internet. O político deveria ao tomar posse mostrar todos os seus bens e de sua família e o mesmo deveria ser feito ao final do mandato. Chega de vermos a olho nu indícios de corrupção e ficarmos calados. O Brasil é de todos nós e não podemos deixar que apenas um pequeno grupo de espertalhões se exproprie daquilo que é de direito do povo.

As águas do seu Cachoeira estão rolando e clareando muitos indícios de corrupção e de apropriação indevida de dinheiro público. A tal CPI instalada não vai dar em nada, pois isso interessa ao governo federal e fica bem claro quando vemos quem são as pessoas que estão à frente dela. Então, se nada fizermos tudo irá terminar quando acabarem as águas do Cachoeira, ou seja, quando tudo secar.

Adeus Futebol!

Há muito tempo que o nosso futebol está claudicante. Nossa seleção cai a cada dia que passa na classificação da Fifa e, o nível do futebol praticado em nossos campos é algo vergonhoso. Hoje posso dizer sem medo de errar que só existe um craque em nosso futebol e que tem feito a diferença - Neymar do Santos. Isso mesmo, jogamos hoje um dos piores futebol do mundo.
Sempre nos orgulhamos do nível de nosso futebol, mas o nosso melhor time simplesmente levou um "baile" do Barcelona num resultado incontestável. Mas isso sempre foi assim? Não! E eu que assisti jogadores e times fantásticos jogarem, hoje já não tenho mais vontade de assistir uma partida de futebol.
O nosso mundo futebolístico está refletindo nossa sociedade, onde os árbitros são ruins, ou propositadamente ruins, os jogadores não têm a mínima educação e fazem de tudo para transformar os jogos num mau exemplo explícito.
Vejam vocês que o penúltimo jogo entre Flamengo e Vasco pelo campeonato carioca teve ao seu final cenas de falta de educação esportiva, tentativa de agressão ao árbitro - que diga-se de passagem não interferiu no resultado do jogo -, e o pior nada aconteceu com o presidente do Vasco, que invadiu o gramado e disse em claro e bom tom que o árbitro era um "ladrão" e apoiou a atitude de seus jogadores tentando agredir ao amedrontado juiz. Ah, também nada aconteceu com os ditos jogadores, que foram apoiados pela federação de futebol do Estado do Rio de Janeiro.
Bem, o presidente do Vasco, assim como a presidente do Flamengo são políticos - hoje virou profissão -, um deputado estadual e a outra vereadora, respectivamente. Então eu pergunto: Essas pessoas que são políticos profissionais estão levando para dentro do futebol os hábitos da vida pública? Sim, estão. No Flamengo até cartões corporativos já foram distribuídos entre os diretores.
No entanto, o comportamento "cretino" do Vasco no jogo anterior contra o Flamengo influenciou de forma importante o árbitro que apitou ao último jogo entre os dois times, pois este não titubeou em marcar uma falta inexistente no início do segundo tempo, como também simplesmente inventou um pênalti que acabou dando a vitória ao time do Vasco, logo em seguida.
Como Flamenguista e admirador do bom futebol, acho que o Flamengo atualmente está merecendo perder, pois tem uma diretoria incompetente e complicada. Mas o time do Vasco é fraco e levou uma grande ajuda da arbitragem.
Tem muito tempo que venho perdendo a vontade de torcer e assistir futebol e acho que a gota d'água aconteceu, pois não aguento mais assistir a tamanha desfaçatez e falta de vergonha. Hoje, após o gol de pênalti do Vasco - inexistente -, me levantei da poltrona e fui embora. Não tem graça ganhar assim, ou perder desse jeito.
A falta de vergonha na cara que acomete o Brasil de hoje em dia penetrou futebol adentro e está acabando com algo que tínhamos de melhor e dava prazer ao povo. Periga fazermos feio na Copa do Mundo em nosso território, pois com essa canalhada que invadiu o futebol de hoje... .

Os Limites da Carne e do Osso

Início de século, histórias de "fim do mundo", mudanças de comportamento e cá estamos nós mais uma vez tentando mudar o mundo.  Mas o que realmente tem mudado? Digo sem medo de errar: estamos ficando mais imediatistas e egoístas. Pensamos em nós, em como nos apresentamos perante ao mundo e simplesmente deixamos de ser nós mesmos. O resultado de tudo isso é algo catastrófico, pois vivemos hoje à representar o que achamos devemos ser - somos uma fraude! Triste não é? A nossa realidade nos choca... . Então, vivemos num mundo de relacionamentos irreais, onde não sabemos realmente quem é o nosso amigo, ou parceiro, porque ele pode estar simplesmente representando e sendo o que ele, ou ela, acredita deveria ser. Isso é sinal dos tempos? Não! Tudo isso é consequência da revolução tecnológica que assola o planeta, mas nós, simples seres de carne e osso não conseguimos aprender a lidar com a velocidade estúpida com que tudo se passa - por isso fingimos! Vivemos no limite de nosso frágil corpo, ou melhor, no limite da carne com osso.