Vou começar de forma simples e
clara: Não! Obviamente não somos iguais e, muito pelo contrário, somos todos
diferentes! Essa questão tomou conta da mídia recentemente devido aos episódios
de racismo contra jogadores de futebol na Europa.
Deus criou uma forma para que nós
animais, no caso específico, humanos, nos perpetuássemos como espécie. Criou o
DNA e podemos dizer com clareza que não existe um indivíduo igual ao outro
quanto a sua genética. Calma, não me esqueci dos gêmeos idênticos, que têm sim
a mesma genética, mas mesmo assim são diferentes. Vamos deixa-los de lado nessa
discussão.
Quando da concepção da vida, o
concepto recebe metade da carga genética da mãe e a outra metade do pai,
formando com isso um indivíduo único, com uma genética própria, sem outro igual
no planeta. Os genes vão ativar ou inativar proteínas que criarão as
características próprias de cada indivíduo. As mutações cromossômicas, que vêm
ocorrendo ao longo da existência dos humanoides na Terra é que vão alterando as
características de cada indivíduo e, essas mutações, são passadas através da
carga genética daqueles que concebem o concepto.
Por sermos então diferentes, não
aceito a ideia de que todos somos iguais. Além de errada pelo aspecto
científico, também deve ser desconsiderada pelo ângulo de que somos da mesma espécie,
pois não somos iguais mesmo. Entretanto, o que nos faz belos como espécie é o
fato de sermos diferentes singularmente. Cada Ser humano é um indivíduo
distinto, com uma genética própria e que vive à mercê do ambiente.
O racismo é mais uma criação
imbecil de nós humanoides, que visa subjugar aqueles “diferentes” que nos
interessa subjugar. Vou explicar: A cor da pele é uma diferença que incomoda,
pois ela marca a origem genética daquele indivíduo. Como indivíduos de regiões
do planeta onde se conseguiu um maior desenvolvimento tem predominantemente a
pele de cor clara, esses veem os de pele de cor escura, que tem como origem
genética regiões do planeta subdesenvolvidas e muitas vezes selvagens, como
inferiores e os discriminam - sei que não é tão simples assim, mas vamos
considerar desta forma. Contudo, a imbecilidade é tamanha, pois já com certeza
sabemos que o Homem que hoje habita todos os continentes se originou da África,
ou seja, de uma região onde a cor de pele escura foi necessária para a
sobrevivência.
Mas o racismo embute um conteúdo
elevadíssimo de preconceito, o que é utilizado para expor e destilar as
frustrações e incompetência daquele indivíduo racista. Existe preconceito e
muitas vezes racismo contra judeus, árabes, palestinos, pobres, homossexuais, mulheres
e contra qualquer característica que incomode as pessoas com cérebro doente.
O perigo do racismo e do
preconceito é quando se transforma em violência, como aconteceu nos EUA nas
décadas de 1950 e 1960, ou quando grupos resolvem bater e matar homossexuais e,
jovens, resolvem queimar um simples índio dormindo.
A implementação de determinadas
medidas que têm um cunho predominantemente eleitoreiro, como a medida de cotas
raciais no acesso a universidade pública e ao serviço público; em minha
opinião, aflora um sentimento que se mantinha contido. Medidas mais eficientes,
como a melhoria do ensino básico e fundamental, com um ensino de qualidade para
todos, com oportunidades iguais, corrigiria um problema de desigualdade sem a
necessidade de cotas raciais.
Bem, não somos iguais, a beleza do
Ser humano está em sua singularidade. O racismo é coisa de gente imbecil, incompetente
e, porque não dizer de um doente. O mais importante é que precisamos aprender a
viver com as nossas diferenças!