Pai Mesmo?

    Às vezes ouço mulheres que são viúvas ou mesmo separadas e que criam seus filhos sem a presença direta dos pais dizerem que hoje, "Dia dos Pais", também seria dia delas, pois se acham mãe e pai ao mesmo tempo. Não concordo com isso. Acho que essas mães podem ser excelentes mães, boas mães, mas nunca serão pais ou pai. Esta forma de pensar simplifica a figura do pai, pois coloca o pai como um ser que fala grosso, tem mais testosterona no corpo e que tem a obrigação de prover recursos para a família. Na minha modesta opinião ser Pai é muito mais do que isso!

    Ser pai não é apenas estar presente, mas sim ser presente e principalmente na hora certa. É saber dar conselhos e ser um exemplo a ser seguido pelos filhos. O pai tem a obrigação de mostrar o caminho e de amparar o filho para que não saia do caminho e principalmente dar aquilo que ninguém mais pode dar, que é o AMOR DE PAI! Existe o AMOR DE MÃE, que é algo fantástico e indescritível e que representa uma vida, mas certamente o AMOR DE PAI também é algo surpreendente que enriquece nossas vidas e posso dizer ser também indescritível e apenas vivível.

    Transformar a figura do pai num mero provedor de recursos e do famigerado "chefe de família" é querer subverter a pureza que existe na relação filho, filha e pai. Hoje sou pai, mas tive pai e este foi um verdadeiro pai que presente em minha vida, enquanto viveu, soube dar aquilo que nem ele sabia estar dando – AMOR DE PAI. Por isso, hoje, faço questão de viver com meus filhos uma relação madura de pai e filhos e com todas as minhas falhas, pois sou um animal humano, vou tentando dar o que é mais importante em toda a relação entre pais e filhos: Muito Amor e Carinho!