Recentemente, ou melhor, há dois dias, li no jornal O Globo um texto escrito por um professor de filosofia da UFF que versava mais ou menos sobre o tema do título acima. Achei o texto muito claro e verdadeiramente esclarecedor de tudo que vem acontecendo em nosso país. Por isso resolvi falar um pouco sobre o assunto.
Não é novidade alguma que vivemos uma época de pouco caso com a coisa pública e que o povo brasileiro está adormecido, ou atordoado, porque não responde a tais atos. Em todos os níveis de governo - municipal, estadual e federal -, a corrupção, "lobismo", enriquecimento ilícito, uso de métodos ilegais para destruir candidaturas e etc, ocorrem sem que haja qualquer tipo de punição e o povo continua dormindo.
Por outro lado, o governo tem tido um comportamento com o cidadão de cobrança e que beira o autoritarismo, o que cria cerceamento de liberdade e da prerrogativa da livre escolha. Por exemplo, como citado no texto do Globo, hoje somos punidos com multa por dirigirmos sem cinto de segurança. Claro, todos sabemos do perigo que é dirigir sem usar o cinto de segurança, mas até por sabermos deveríamos deixar que o cidadão escolhesse em dirigir com ou sem o cinto. Ninguém, a não ser quem deseja se queimar, põe a mão na chama do fogão, não é? Mas pode ser que o governo crie uma lei proibindo o cidadão de colocar a mão no fogo - literalmente! Também existe intromissões na área de prescrição de medicamentos, onde o governo quer controlar a todo custo a prescrição médica.
A ação controladora do governo em relação ao cidadão está em processo de expansão lento e gradual e se continuar do jeito que vai, em breve seremos uma Arábia Saudita em termos de falta de liberdade. Nada me tira da cabeça de que isso é uma política desenvolvida pelo Estado para controlar o cidadão em benefício de uma minoria. Se continuar assim a Venezuela será pouco em relação ao Brasil.
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