Um dos maiores problemas da humanidade excluindo-se a doença
social violência é a obesidade. Hoje vivemos dias de excesso de peso, doenças
associadas ao excesso de gordura corporal e nós, seres humanos, estamos
realmente mudando de configuração. Basta parar numa esquina de qualquer grande
cidade brasileira e começar a observar as pessoas que por ali passam. Muitos
obesos serão vistos, principalmente mulheres – hoje até com obesidade grave ou
acentuada. Os homens em menor proporção, mas sempre com aquela famosa
barriguinha de cerveja, ou melhor, com a temível obesidade abdominal.
Que não
nascemos para sermos obesos isso é a pura verdade, por isso, obesidade, ou
excesso de gordura corporal é sim doença. Que não venham falar dos gordinhos
saudáveis que não têm colesterol alto, ou mesmo hipertensão arterial, ou
qualquer outra doença, porque obesidade é por si só uma terrível doença. As
razões para tanta obesidade nos dias atuais são múltiplas, no entanto, a grande
verdade e o pior problema é o fato de que realmente comemos demais.
Então,
como consertar tudo isso, ou tratar o obeso e também tentar prevenir futuros
gordinhos? Só mudando hábitos de vida. Recentemente até escrevi em postagem
anterior sobre os apresentadores do programa Fantástico da Rede Globo que deram
um belo exemplo de como emagrecer somente mudando hábitos de vida. Achei
sinceramente que foi o quadro mais instrutivo do Fantástico nos últimos anos –
pois o exemplo passado mudou em muito a forma com que as pessoas pensavam
quanto ao fato de perder peso. Sim, é possível emagrecer “puro”, ou sem ajuda
de medicamentos! Basta mudarmos hábitos como alimentação – comer menos calorias
e uma alimentação equilibrada -; e gastar mais energia fazendo atividade
física.
Contudo,
não é tão simples assim, pois existem pessoas que não conseguem ou têm
dificuldades para praticar atividade física. Estou falando de pessoas que têm
limitações corporais. Essas pessoas podem engordar mesmo comendo pouco e nesses
casos o uso de medicamentos adjuvantes pode ser necessário. Não sou contra a
utilização de medicamentos para tratar obesidade, mas hoje só temos a
Sibutramina e o Orlistat para usarmos. Quanto a Sibutramina temos que
selecionar bem os pacientes para usá-la e devemos sempre informa-los que não é
uma droga tão eficiente assim e que pode causar alguns efeitos colaterais. Já o
Orlistat tem um efeito no intestino diminuindo a absorção de 30% das gorduras
que ingerimos na alimentação, por isso, como inconveniente pode causar episódios
de diarreia catastróficos se o indivíduo comer gordura. Também não é muito
eficiente.
Tanto a
Sibutramina, quanto o Orlistat podem ser utilizados ao mesmo tempo no mesmo
paciente, mas nunca na mesma cápsula. Não ocorre interação medicamentosa entre
os dois e o Orlistat tem seu efeito basicamente no tubo digestivo, enquanto a
Sibutramina age no Sistema Nervoso Central aumentando a saciedade – a satisfação
com a alimentação se dá mais rápido e por isso o indivíduo come menos.
Bem, o
ideal é emagrecer “puro”, ou sem medicamentos, pois como descrito estes têm
efeitos colaterais e são substâncias estranhas para nosso organismo. Além do
mais é sim possível perder peso de forma saudável mudando os hábitos de vida. O
excesso de gordura no corpo está associado a várias outras doenças e deve ser
combatido desde o nascimento, com implementação de hábitos de vida saudáveis ao
bebê.