sábado, 18 de outubro de 2014

O Perigo Ronda Nossas Vidas

Estamos em período eleitoral, mais precisamente no segundo turno das eleições. O Brasil se acostumou ao jogo democrático, felizmente, mas diria que estamos vivendo os anos da puberdade democrática no Brasil – muita imaturidade. Os pleitos anteriores não foram um primor, muito pelo contrário, nunca tivemos um verdadeiro confronto de ideias e propostas; entretanto, nunca vi uma eleição como a que estamos vivendo.

Hoje em minha opinião e de outras pessoas que conheço estamos vivendo a pior eleição para presidente dos últimos anos. Fica claro o despreparo dos candidatos, a raiva e o ódio do partido que ocupa o poder há 12 anos pelo risco de perdê-lo e, principalmente uma distinção absurda entre os dois candidatos – uma faz de tudo para não perder o poder, pois tem um projeto de poder em que os cidadãos são o meio de consegui-lo e, o outro, briga para assumir um posto sendo obrigado a prestar a atenção no povo e, por força das contingências, pode estar inaugurando uma nova e verdadeira política social no Brasil. Óbvio que já me defini, mas tento, se é que possível, fazer uma avaliação neutra da situação.

Nos últimos anos o Brasil tem vivido situações que são sinais para algo não muito bom em nosso futuro. Algumas tentativas de cerceamento da liberdade do cidadão, algo inconcebível numa democracia, têm ocorrido – cito a tentativa de controle da impressa, o ataque a jornalistas, pressão contra o judiciário e invasão à privacidade do cidadão. Será isso o resultado de 12 anos no poder de um mesmo partido? Pela primeira vez após o período da ditadura militar, quando era ainda universitário, senti medo de expor minhas opiniões em locais públicos. Será isso um sinal?

Entretanto, o que mais tem causado mal ao pleito é a chamada política da desconstrução. O que é isso? Simples, é um ataque impiedoso contra o adversário – talvez no caso inimigo -, de forma a deixa-lo atordoado e levar a opinião pública a rejeitá-lo. Isso é correto? Não, nunca foi e nunca será. Mas tem sido aplicado de forma impiedosa por um dos candidatos contra aqueles que se postam em sua frente.

Só isso, a política da desconstrução, já poderia nos levar a evitar tal candidata que a aplica, mas infelizmente não é isso que vemos. Como se não bastasse a forma vil de procurar erros e desleixos dos adversários como plataforma política, o partido dessa candidata está envolvido num oceano de denúncias de corrupção e desvio de dinheiro público – aliás como disse um motorista de taxi que me conduzia ao trabalho esta semana: "que desvio de dinheiro público que nada. O nome disso é roubo de dinheiro público de cada cidadão que trabalha e paga seus impostos".

O perigo ronda nossas vidas, pois a inflação voltou e está fora de controle e, pior, vai piorar com o aumento do combustível e da energia elétrica. Se a candidata do partido que está no poder há 12 anos ganhar as eleições estaremos inocentando a ela e todos aqueles do seu governo envolvidos em malfeitos, como o da Petrobras – a candidata era presidente do conselho desta estatal quando da compra superfaturada de refinaria nos Estados Unidos -, e lhes dando de presente mais 4 anos para continuarem a fazer o que estão fazendo.

A tal candidata fala em governo novo e em reforma política, mas quando observamos aqueles que lhe dão apoio: José Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Collor de Melo, Paulo Maluf, entre outros. O que dizer? Quem conhece ou conheceu essas pessoas, das quais eu não compraria um carro usado, devem pensar melhor na hora de votar. E quanto a política. Ô coisa mais antiga e velha, que remonta ao período do coronelismo.

Bem, tentei ser neutro, mas não consegui. Fica difícil! Tinha que fazer esse desabafo, pois a ideia é só desabafar e alertar, como já fiz há mais de 2 anos em posts aqui neste blog falando da política econômica e do risco da volta da inflação. Tenhamos consciência e vamos em frente na busca de um país melhor, onde exista liberdade, democracia, saúde e onde não exista corrupção, pobreza, desigualdades e pessoas que tentam conseguir seus objetivos destruindo os outros.

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