Saudosismos a parte gostaria de dizer que sou do tempo em que "ficha" significava uma ficha do ônibus que recebíamos ao pagar a passagem ao trocador – daí o nome trocador, pois trocava o dinheiro da passagem pela ficha -, e ao desembarcarmos depositávamos num recipiente próximo ao motorista. Também da ficha que usávamos e continuamos a utilizar no jogo de pôquer ou de roleta; nas fichas utilizadas em cassinos; fichas de papel que usávamos para fazer resumos – praticamente exterminadas pelo computador -, e por aí vai... . Então por que ficha limpa?
Bem, parece que finalmente a sociedade pressionou e os políticos cederam e o Supremo Tribunal Federal cumpriu o seu papel e quem tem condenação ou está sendo processado não pode ser candidato a cargo eletivo. Corretíssimo! Imaginem vocês que se daqui a 40 anos alguém ao estudar a história política do Brasil no início do século XXI descobrisse a tal lei da "ficha limpa". – O que pensaria essa pessoa? – Gente, antes na história do Brasil era possível uma pessoa se tornar representante do povo mesmo sendo um criminoso, ou tendo uma condenação! – Que absurdo! Diria tal pesquisador. Mas é isso mesmo um grande absurdo.
Por isso a tal lei da "ficha limpa" nem deveria existir, porque só o fato da pessoa ter problemas com a justiça já deveria naturalmente a excluir da vida pública. Os nossos representantes têm que ter um caráter ilibado e uma postura digna para nos representar, pois afinal são nossos representantes e nós somos pessoas sérias. – Ou não somos? - Claro que sim.
Então, a tal "ficha limpa" se refere à ficha corrida, aquilo que representa o arquivo da vida do indivíduo e ela tem que estar imaculada para que sejamos limpos. Óbvio que não estou falando de representantes a cargos políticos no Éden e afinal vivemos e temos que nos relacionar, mas crimes e caráter tortuoso não devem ser aceitos.
Vamos votar direito e fazer com que a classe política seja outra em nosso sofrido Brasil. "Ficha limpa" neles!
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