Comer, Rezar e Amar

    Seria muito bom se a vida fosse simples e se resumisse a três práticos verbos – Comer, rezar e amar. Infelizmente ela não o é e acabamos tendo que conjugar uma enormidade de verbos e de ter que usar muitos nomes, pronomes e adjetivos. Então, a vida em realidade não é nada simples e sim muito complexa e complicada. Mas, por que seria simples?

    Há poucos dias assisti ao filme baseado no best seller "Comer, Rezar e Amar" que conta a história de uma escritora que após traumática separação resolve conjugar os verbos que dão nome ao livro em lugares diferentes do mundo. Confesso que não li o livro, entretanto, gostei da história e do filme. Acho que a mensagem principal é que vivemos em busca da satisfação, ou de algo impossível que é a felicidade, mas estas não estão em lugar algum que não seja dentro de nós mesmos. Por isso, podemos sim viver conjugando poucos e simples verbos.

    Por que Comer, Rezar e Amar? Seriam esses verbos essenciais à vida? E Respirar, Beber e Ver? Também acho que a escolha dos verbos aos quais desejamos conjugar é livre, e isso, se torna uma importante mensagem que devemos ter em nossas mentes sempre que começamos um novo dia.

    Contudo, a escolha Comer, Rezar e Amar, esta sequência, tendo como base do tripé o verbo Rezar, que significa meditar e encontrar Deus coloca nos extremos verbos que hoje nos dão prazer – Comer e Amar -; mas que são essenciais à vida. Como assim essenciais à vida? Sim, pois sem comer morremos de fome e sem energia, mas transformamos essa necessidade essencial em prazer quando comemos pratos apetitosos e bonitos. Da mesma forma, Amar se completa com sexo e este se conjuga com prazer.

    Então, na minha visão posso ousar dizer que tendo Deus no centro de tudo podemos ter prazeres essenciais nos extremos de nossas vidas, afinal, viver não é só sofrer.