O brasileiro não tem o hábito da leitura. Lemos muito pouco e não temos a tradição de passarmos para nossos filhos o gosto por um bom livro. Eu adquiri o hábito de ler estimulado pelo meu pai, que aprendeu a gostar de livros com meus tios. No entanto, apesar de não sermos afeitos aos livros temos e tivemos excelentes escritores e um desses foi o Monteiro Lobato.
Escritor engajado na vida pública e voltado para questões sociais teve metade de suas obras dedicadas à literatura infantil e a outra parte baseada em contos sobre temas brasileiros. Não é que sobrou pro Monteiro Lobato!
Isso mesmo, agora estão querendo colocar a obra do grande Lobato como algo politicamente incorreto, pois estão destacando alguns trechos de sua obra infantil, o famoso Sítio do Pica-Páu Amarelo, como racista, ou preconceituoso contra a raça negra. A personagem Tia Anastácia, negra e fundamental à obra do escritor, em determinado trecho sobe em uma árvore fugindo de uma onça e o autor descreveu tal escapada da seguinte forma: “Tia Anastácia que nem uma macaca trepou na árvore…”.
Alguns estudiosos ligados a questões raciais e ocupando cargos em escritórios que estão no mínimo 60 anos atrasados, pois ficariam muito bem estabelecidos numa certa Alemanha do senhor Adolpho, onde raça era questão primordial, resolveram achar tal passagem racista, ou com conotação preconceituosa contra a raça negra. Com isso propuseram a censura a tais passagens no livro do grande Lobato, que é usado nas escolas. Parece que chegaram mesmo a propor a retirada do livro do escritor das bibliotecas e escolas. Pode?
Lógico que isso tudo é uma grande bobagem e na verdade uma forma preconceituosa e doentia de ver o mundo. Encontrar conteúdo racista na obra de Monteiro Lobato é o mesmo que ver ETs em nossa casa. Coitado de nós que temos que conviver ou pelo menos dar atenção a esses censores da raça. Não a esse absurdo! Cuidado com esses entendedores de questões raciais, pois daqui a pouco estaremos sendo classificados pela cor de nossas peles e seremos presos se pronunciarmos certas palavras.
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