Resolvi escrever esta postagem porque tenho observado uma dúvida muito comum nos pacientes que têm Diabetes tipo 1, que é não saber a importância de utilizar a insulina de ação rápida sempre que comem e também em lançar mão da chamada contagem de carboidratos. Por isso vou tentar esclarecer um pouco sobre a necessidade de se utilizar a insulina mais intensivamente no Diabetes tipo 1.
O chamado Diabetes melito tipo 1 é uma doença totalmente diferente do tipo mais freqüente de diabetes que é o tipo 2. O tipo 1 é uma doença autoimune (as células de defesa do próprio organismo passam a atacar partes do nosso corpo) em que o alvo das células de defesa são as células que produzem insulina no pâncreas, chamadas de células beta.
Por ser uma doença diferente do chamado Diabetes do tipo 2 o tratamento também é totalmente diferente desde o início. O resultado desse ataque do sistema imune, ou células de defesa contra as células betas é a completa extinção destas, o que leva o indivíduo acometido a uma deficiência de insulina, pois fica com pouquíssimas ou quase nenhuma célula beta.
Como resultado dessa deficiência do hormônio insulina o tratamento principal nesses indivíduos é a reposição desta. Óbvio que a instituição de um programa alimentar adequado, hoje com a chamada contagem de carboidratos e também um programa de exercícios devem ser implementados.
A forma de se fazer insulina para um indivíduo com Diabetes tipo 1 deve ser uma que procure imitar o que acontece nas pessoas sem diabetes, ou seja, a insulina é produzida em pequena quantidade continuamente (basal) e em bastante quantidade após as refeições (prandial). Então é o que devemos fazer. Uma insulina basal, que mantenha os níveis de insulina, mesmo durante a noite enquanto dormimos e outra insulina de ação rápida chamada prandial antes das refeições. Este esquema é chamado de basal-bolus.
Desde que sabemos que o indivíduo com diabetes do tipo 1 praticamente não produz insulina ele tem que fazer uso desta sempre que comer, mesmo que seja um simples lanchinho.
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